Hoje, se ainda existisse, comemoravam-se as bodas de prata do Jornal Sempre Alerta… e era a cores!
Em Janeiro de 1999, na freguesia de Golães, em Fafe, nascia o Jornal Sempre Alerta. Uma publicação mensal, propriedade do Agrupamento 619, e a sua publicação coincidia com a Reunião de Piedade…
A preto e branco
Como bem me recordo da sua construção… As primeiras edições eram a preto e branco, fotocopiado numa gráfica e “montado”, literalmente, no gabinete da Direção.
O maestro, o Chefe Carlos Freitas, redigia e coletava as novidades da época, fossem elas as atividades do agrupamento, da paroquia ou de interesse geral e, entre cortes e recortes, colava os artigos e suas imagens no papel que daria lugar ao pequeno jornal. Aos meus olhos, o engenho associado era magnífico e aqui o rapazinho ficava maravilhado com tamanha habilidade.
“Aí está ele: o Jornal!”
“O Jornal é porta-voz de informação. É uma companhia simpática que em horas de solidão nos vai segredando umas coisas que podem entrar fundo e a propósito dentro de nós.” – palavras do falecido Pe. Eduardo Lobo escritas na primeira edição.
Agora, era a cores!
Passavam, aproximadamente, três anos e o SA – o Jornal Sempre Alerta – sofria a primeira grande transformação: a primeira e última páginas passavam “a sair a cores”!
Nem imaginam a alegria que pairava no ar daquele agrupamento!
Mas, isto não caíra do céu! Não bastava a pressão de transmitir informações fidedignas para a população e aquela que o chefe de agrupamento Abreu, meu pai, colocava em todos os envolvidos, que agora a responsabilidade de trazer uma nova vida ao jornal era gigantesca… era a cores!
Foi necessário redobrar os esforços para angariar patrocinadores para tamanho projeto. Uma nova “dor de cabeça”, portanto!
“…um grande Bem Haja!!!”
“A esta firma e a outras que queiram e possam eventualmente ajudar este jornal, de uma ou de outra forma, a Redação deixa qui um Muito Obrigado e um grande Bem Haja!!!” – palavras da então Redação, orgulhosa pelo resultado dos trabalhos realizados.
Esforços bonitos, importantes e saudosos que, atualmente, se perdem na berma do que é a missão ou a sua ausência. Porquê?
Na minha visão
Este projeto teve como base o cultivo do interesse pela escrita/leitura de todas a faixas etárias:
– pela escrita, porque os artigos das atividades eram redigidos pelos secretários das equipas e/ou pelos dirigentes. Havia aquele brilho no olhar das crianças que liam a sua avaliação da atividade impressa no jornal… o orgulho de pais e o reforçar da paixão genuína do jovem escuteiro em continuar pelo exemplo a seguir;
– pela leitura, porque a internet ainda não dominava os 80% do nosso tempo útil, a comunidade gostava de conhecer a vida do agrupamento (até pela simples curiosidade) e, tal como escrevera o Pe. Lobo, pela companhia que proporcionava à gente da terra.
Hoje, estes caminhos estão… desviados.
“Quando o Sempre Alerta “é posto” na banca, é lido por centenas de pessoas que, através da internet, consultam o site da RCF.” – terminava assim o artigo do Chefe de Agrupamento na primeira edição colorida do SA.
Por fim, e como último Diretor do Sempre Alerta, guardo com muito carinho tudo o que me ensinou o Chefe Freitas, desde a edição ao planeamento, que ainda transporto na minha mochila e tudo o que de mim exigiu, o próprio SA, como redator e candidato a dirigente daquele agrupamento…
Feliz aniversário SEMPRE ALERTA!
Nascia uma estrela que caiu montanha abaixo sem se saber do seu paradeiro.
Infelizmente!